O brincar é um direito da criança e é reconhecido como um instrumento que potencializa o processo de aprendizagem (American Academy of Pediatrics, 2012). Isto porque, quando há diversão durante a atividade, a aprendizagem ocorre de forma mais rápida, uma vez que a criança está motivada a permanecer e engajar por mais tempo na atividade, entrando em contato, portanto, com mais oportunidades de aprendizado. Ao brincarem, não estão explorando somente o ambiente à sua volta como também estão ampliando e complexificando uma série de áreas de desenvolvimentos como o físico, o emocional (afetivo), o mental e o social.
Para a criança dentro do Transtorno do Espectro Autista a estimulação precoce e consistente através do brincar é uma das formas mais naturais e efetivas para o desenvolvimento da criança que tem transtorno do desenvolvimento, muitas vezes marcado por inabilidade para interagir socialmente, dificuldade no domínio da linguagem e comportamento restritivo e repetitivo.
Os autistas apresentam ou desenvolvem uma maneira peculiar de brincar. Frequentemente tem dificuldade em dar função correta ou variações aos brinquedos e perdem o interesse com facilidade pelas atividades, principalmente as que envolvem os pares, porém, se estimulados da maneira adequada podem aproveitar dos benefícios que o brincar proporciona.
Por isso é tão importante que a família e os profissionais envolvidos possam ir “para o chão” a fim de construírem uma rotina de brincadeiras que possam estimular o contato social, as regras, incitarem a fala, estabelecer o contato visual, aumentar o repertório de jogos, a reciprocidade, etc.
Use a criatividade com o que já se tem em casa! Massa de modelar, blocos de encaixe, carrinhos, bonecas, balão, bolha de sabão, até mesmo um avião de papel pode garantir que a criança tenha motivação suficiente para responder aos estímulos.
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