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Foto do escritorLaura Kemp - Supervisora Farol

Cuidando de quem Cuida: Saúde Mental dos Cuidadores de Crianças com Autismo

Atualizado: 24 de nov. de 2020

Frente ao diagnóstico de Autismo as famílias enfrentam momentos delicados e desafiadores. A estrutura familiar é alterada e, muitas vezes, a rotina passa a ser focada nas necessidades da criança com TEA. Vemos muitas vezes pais que abrem mão de suas carreiras profissionais para cuidarem dos filhos, dedicam todo o tempo para a criança com autismo e esquecem de cuidar de si. Esta é uma dinâmica que pode acarretar riscos para a saúde física e mental de todos os membros da família. As incertezas quanto ao futuro, a sobrecarga de atividades e tarefas, aspectos financeiros, podem gerar tensão emocional e estresse.


fonte: leiturinha

Associa-se a isto as preocupações com a gravidade dos sintomas, dificuldades de comunicação, baixa reciprocidade, atividades estereotipadas e comportamentos inapropriados que agravam ainda mais a situação familiar, levando muitas famílias ao isolamento social. O estresse pode provocar alterações tanto físicas como psicológicas. Com relação aos efeitos psicológicos, podem estar presentes sintomas como: ansiedade, depressão, pânico, tensão, angústia, insônia, dificuldades de concentração, preocupação excessiva etc.


Para superar tais obstáculos, cuidar da saúde física e emocional é indispensável. Alimentação, sono e fazer exercícios físicos ajudam a lidar com a tensão, reduzir ansiedade e depressão. É preciso garantir a saúde física para que seja possível restabelecer a saúde mental. Frente aos diagnósticos de deficiência é comum que as famílias passem por momentos de dor, luto, tristeza, negação, depressão, medo, para então entrarem em uma fase de recuperação e aceitação. Neste processo, algumas pessoas enfrentam quadros mais graves de ansiedade e depressão que necessitam da ajuda de profissionais capacitados e não se deve hesitar para buscar esta ajuda.


fonte: google

Para que a relação familiar e conjugal seja fortalecida, é fundamental que sejam criados espaços para trocas de informação e aprendizagem de como se relacionar com a criança com Autismo, criar momentos para compartilhamento de emoções e sentimentos à respeito da situação de cada um dos membros da família. Somente a união e cuidados recíprocos podem garantir um relacionamento saudável.


Outro aspecto que precisa ser fortalecido é a rede de apoio social mais ampla. A família ampliada, outros pais de crianças com TEA e amigos são muito importantes para diminuir o estresse, partilhar receios e responsabilidades, aumentar a autoestima e segurança. Estratégias de ensino também podem favorecer o enfrentamento do estresse parental, tais como: ler livros, treinamento de pais e intervenção precoce potencializam o desenvolvimento da criança com Autismo e minimizam as dificuldades enfrentadas nas relações familiares (FAVERO; SANTOS, 2005; ROGERS; DAWSON; VISMARA, 2015).


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FONTE: FAVERO, M. A. B.; SANTOS, M. A. (2005). Autismo infantil e estresse familiar: uma revisão sistemática da literatura. Psicol. Reflex. Crit. [online]. Vol.18, n.3, pp.358-369.

ROGERS, S. L.; DAWSON, G.; VISMARA, L.A. (2015). Autismo: Compreender e agir em família. Lisboa: Lidel Edições Técnicas.

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